domingo, 9 de setembro de 2012

Ficção-científica: A história da minha vida.

Alguns anos atrás caiu a ficha e eu percebi o quanto gostava de ficção científica. Talvez eu possa ir além e dizer o quanto a maioria de nós gosta sem saber de um bom scifi. Até então eu nunca havia parado pra pensar que os filmes, desenhos animados e brinquedos que eu mais curtia tinham como alicerce todas as referências possíveis da ficção científica. Pense bem. Desde pequeno meu herói favorito era o Lanterna Verde, um dos poucos heróis da DC que não raro viaja para outros planetas e entra em contato com outras raças inteligentes. Além dele eu era fascinado, só pra dar alguns exemplos, pelos filmes Predador, Vingador do Futuro, Exterminador do Futuro 2, Alien, Matrix, Tron, Planeta dos Macacos, Star Wars e Star Trek (que na época todo mundo chamava de Jornada nas Estrelas). Desenhos-animados? Projeto Zeta, Roswell, MIB, Patlabor, Batman do Futuro e um monte de outros. 

O mais curioso é que me lembro de pensar que detestava scifi. Não sei porquê. Bem provável que por teimosia. Na época dessa descoberta um amigo me recomendou dois livros do gênero. O primeiro era "Admirável mundo novo" de Aldous Huxley, que me ensinaria que eu amo futuros distópicos. Foi o primeiro livro de ficção científica que li e talvez esteja até hoje entre os top 5 da minha vida. O segundo livro que ele recomendou foi "Duna" de Frank Herbert. Esse eu demorei um pouco pra criar coragem pra ler. Muita coisa me deixava com um pé atrás nele: a sinopse na contra-capa não era nem um pouco clara, a capa não me cativava e, pela mãe-do-guarda, eram seis romances gigantes. Me dava preguiça só de pensar. Quando li o primeiro Duna me arrependi profundamente de não ter lido antes. Entrou para os top 5 também.

Desde então eu já li um bocado de livros de ficção-científica. Aprimorei meu inglês para poder ler aquilo que nunca foi (e infelizmente talvez nunca será) publicado no Brasil. Li clássicos como H.G.Wells e Júlio Verne. Me aventurei pelo psicodélico e existencialista Phillip K. Dick, um dos melhores escritores do gênero, diga-se de passagem. Arrisquei ler o contemporâneo Félix Palma e tenho caminhado-sobre-ovos com os escritores ainda vivos. 

A verdade é que mesmo quando tratamos de alienígenas, robôs, mutações genéticas etc, estamos tratando em última análise de nós mesmos. Essa foi uma lição que eu aprendi lendo esse gênero. O foco nunca está nos outros. Sempre está em nós, humanos, pessoas comuns, sujeitas a falhas e virtudes de todo tipo. No mais, deixo a recomendação carinhosa para que você leia algum bom romance de ficção-científica. Aqui no blog já recomendei os que li. Mesmo que você ache que detesta esse papo de scifi; que ache que é coisa de nerds sem vida social. Eu te garanto que no mínimo você era irá gostar da história. Afinal, todo mundo gosta de boas histórias.

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